O segundo semestre de 2020 parece que será um período de recuperação dos negócios. Pelo menos, essa é a percepção dos executivos brasileiros. Nada menos que 30% dos decisores empresariais acreditam que o desempenho de suas organizações vai crescer nos próximos seis meses e 58% acham que vai pelo menos se manter no mesmo nível.
Questionados sobre quais foram as medidas que tomaram para enfrentar a queda de demanda durante a quarentena em razão da pandemia Covid-19, os executivos responderam que a principal delas foi a renegociação de contratos, com 50% de menções. “Isso demonstra que as empresas buscaram uma redução de custo imediata frente à retração do mercado”, explica José Guilherme Sabino, sócio-fundador da Assertif
A segunda medida mais tomada para cortes de custos foi a redução de pessoal, com 42% das respostas. Em seguida, vieram o corte de fornecedores (24%), a desmobilização de instalações (20%) e a diminuição de dividendos (18%). “As respostas dos executivos revelam que a obtenção alternativa de recursos, como a recuperação de créditos, tornou-se uma prioridade”, complementa Sabino.
A soma é maior que 100 porque havia a opção de assinalar mais de uma alternativa. As empresas que não tomaram nenhuma medida desse tipo somam 18%. “Isso revela que pelo menos 82% das organizações sentiram o impacto da retração econômica”, afirma Bertrand Douet, sócio-fundador da Assertif.
A pesquisa da Assertif, realizada com o apoio da Opinion Box, entrevistou 50 executivos de todo o Brasil durante o segundo semestre deste ano. A maior parte dos decisores empresariais é da Região Sudeste (44%), seguida pelo Nordeste (24%), Sul (18%), Norte (8%) e Centro-Oeste (6%).